quarta-feira, fevereiro 16, 2005

uma questão de realeza

a minha mãe disse-me um dia que os príncipes encantados não existem.
o Miguel disse-me ontem que não abro o coração.

fiquei a pensar que talvez (talvez!) tenham razão: primeiro, nunca vi nenhum príncipe encantado a cavalgar pela cidade à procura de um amor eterno.
depois, deve ser verdade aquela teoria da mãe (ai, as mães conhecem-nos tão bem!) de que sou uma miúda esquisita. dizia ela: "tu estás à espera do homem perfeito e ele não vem. não consegues aceitar que as pessoas tenham defeitos como tu, como eu. e nem sequer são coisas que possas - ou devas - corrigir. cada um é como é e a virtude de saber amar está em aceitar o outro sem questionar constantemente a forma que tem de encarar a vida".

então deve ser isso, o defeito é meu!! vou deixar de apontar apenas as coisas más (que, muitas vezes, devem ser feitio) e olhar de outra forma as pessoas que se cruzam comigo.
quando passamos por situações que nos desiludem e entristecem e deprimem, tendemos sempre a fechar um bocadinho o coração e a pensar "não vou deixar que isto me aconteça novamente". e talvez seja assim que vamos perdendo pessoas importantes. por não sabermos olhá-las e aceitá-las como são.
tenho que arranjar um espelho, está visto!

e, como diz o Miguel, sou uma sonhadora... quem sabe se não há príncipes imperfeitos que nos fazem tão felizes como as princesas dos contos de fadas? :)

p.s. agora vendo bem, aquilo de se ser perfeito deve ser uma maçada! quem não gosta de uma boa discussão para fazer as pazes a seguir? ;)

1 Comments:

At 3:58 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Os princípes imperfeitos sao os melhores! Os outros nao passam de meros bocejos! ;)

 

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