demoras?
estar à tua espera não é fácil. parece que nunca mais vens. talvez nem existas. havia um pôr-do-sol numa praia onde estive e que queria agarrar. sabes o que fiz? guardei-o com a força do pensamento. agora anda sempre comigo e recordo-o quando quero. às vezes tenho vontade de chorar - por um ou outro motivo tolo - e vou buscá-lo. ponho-me novamente no mesmo cenário, sozinha, sentada naquele local, com o mar à minha frente e a areia a escorrer da palma da mão. sinto-me bem. esqueço momentaneamente que há coisas que não me fazem feliz. o sol esconde-se devagarinho, lá ao fundo, na linha de um horizonte que perco. uma imensidão de água, onde imagino que a vida toca o céu. há uma serenidade em tudo isto, que não te conseguiria revelar. vem até aqui, dá-me a mão e sente-a comigo. a noite vem, lentamente, e a lua abraça-nos numa luz inocente e trémula.
tocaste-me agora no ombro e procuraste estas palavras...
1 Comments:
eu não demoro. aliás eu sempre estive aqui. tu é que ainda não deste por mim
açoriano
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