não sei por que motivo, mas as más notícias não têm um efeito imediato sobre mim. acho que preciso de tempo - podem ser horas ou dias - para pensar e tomar consciência delas. é por isso que estou triste. agora.
não é fácil quando morre alguém que, não nos sendo demasiado próximo, fez parte da nossa vida e guardamos dele memórias ternas e alegres.
sempre um sorriso, uma anedota para contar e as inúmeras e repetidas histórias que mantinha vivas para não deixar o espírito envelhecer. é essa a imagem que quero guardar e são esses momentos que cristalizei.
o mais difícil é ver espelhada no olhar a saudade. é beijar o rosto molhado, que é solidão e tristeza sem fim. é precisar de uma palavra certa para consolar e não a ter. é dar o ombro e, ainda assim, saber que está tão longe de ser suficiente.
nas paredes, nos móveis, ficam os retratos. nas gavetas fundas, as palavras que percorreram linhas infindáveis em cartas que testemunham a existência. e no coração...no coração fica gravado um pouco do que foi, o muito que vos (nos) deu e que não esquecem(os).
ao tio João, eterna saudade. até sempre*
Blog do Bafiento Jacinto Coito
Gazeta dos Triunfos e Fracassos do Agente Jacinto Coito e Companhia
1 Comments:
ó joaninha, como te entendo, comigo é exactamente a mesma coisa. Tomamos conhecimento do facto, mas nao parece verdade. Quer dizer, nao queremos que seja verdade. E sabemos que no próximo congresso se vai notar esse espaco vazio... porque mais ninguem tem essa habilidade de contar anedotas e concentrar a atencao de toda a gente da forma com que o Tio o fazia... :)
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