quinta-feira, novembro 27, 2003

Ora ele há por aí uma instituição para lá de mítica na nossa linda cidade de Lisboa. São os taxistas. Quem nunca andou num carro amarelinho, com um castiço condutor de praça a contar a vidinha (dele ou dos outros, que para meter conversa tanto faz), a falar de futebol ou a reclamar que o pessoal que sai das "disco-nights" lhe deixa o pobre carrinho a cheirar a álcool....e quantas vezes ele próprio não leva já a sua pinguita no bucho? E, claro, o bigodinho. Que sem ele não haveria taxistas!
Agora tornaram-se quase uma seita... Diz-se por aí que assistem e contabilizam os sinais que a Nossa Senhora de Fátima lhes envia. Perguntamos nós: com tanta gente no mundo, porque é que as entidades divinas escolheriam precisamente os taxistas para revelar ou dar sinais do que quer que fosse?
A verdade é que andam assustados com o fim do mundo, que isto dos prenúncios não é para uma pessoa brincar. Desde 1983, dizia ele...que raio de ano para enviar um sinal. É certo, foi uma boa colheita a de 83, por isso não faz qualquer sentido.
Ora uma pessoa vem do Porto, visitar a cidade, e dá de caras com tipos como este. Acresce ainda a molha que se apanhou naquela bela tarde e chega-se a uma conclusão: não há pachorra!
Diria eu aqui, especulando com os meus botões, que tudo isto tem a ver com a vinheta da inspecção, que é vermelha. Os meus poucos conhecimentos de recente condutora dizem-me que isso não é de todo um bom sinal (lá está...), que é capaz de o veículo ter chumbado na inspecção! Ora se pensarmos que pode andar assim o amigo condutor de praça desde 1983, cá chegaremos a alguma conclusão...
Qual milagre de Fátima!