terça-feira, agosto 24, 2004

recordar alguém que morreu é viver um pouco. é evocar os momentos construídos numa vida e perceber que ficam para sempre.
"as pessoas só morrem quando deixamos de pensar nelas", ouvi alguém dizer. sentir o mesmo amor é o sinal de que permanecem. olhar os objectos que ficaram, ler as cartas que foram escritas, olhar as fotografias que estão guardadas - e que subitamente temos vontade de rever -, imaginar de novo uma voz e uma presença que marcam...já não dói.
porque o tempo é o aliado que sara as feridas...da mesma forma que o relógio manda os ponteiros erguerem o seu passo lento quando a dor é insuportável e interminável, também acelera os minutos e as horas que compassadamente nos afastam das trevas.
olhamos em volta e tudo era um pesadelo. a sua alma fica connosco, guardada no mais íntimo que possuímos. para sempre. na memória e no coração.