às vezes, as palavras dos outros espelham o que sentimos...e como não sei reproduzir melhor, aqui fica este excerto...
"Os carvalhos muito grandes. As estrelas espalhadas, as nuvens a passarem como pessoas tristes, o céu da noite sem lua, o céu da noite escuro e sem lua. Eu acreditava que o amor é a inocência sufocada mil vezes na vontade ridícula de desejar que o céu compreenda. E a cidade lá ao fundo, uma extensão de luzes pequenas, de vidas, de pessoas enganadas. Caminhava perdido de mim. Os meus passos a quebrarem ramos pequenos. Os meus passos no chão grosso de folhas de carvalho. O cheiro vegetal do musgo, da resina e da água. Caminhei muito entre sombras. Cada vez mais longe de mim, cada vez mais dentro da escuridão obsidiante do medo."
José Luís Peixoto, Uma Casa na Escuridão
Blog do Bafiento Jacinto Coito
Gazeta dos Triunfos e Fracassos do Agente Jacinto Coito e Companhia
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