sexta-feira, dezembro 26, 2003

Coisas que adoro na véspera de Natal (by Roseta Maria, a mesma do post anterior, o que é que se há-de fazer?)

1. falar com as tias e os tios, os primos e as primas, os amigos e as amigas (que saudadinhas!)...quando a conversa não se alonga muito!

2. comer os docinhos todos (sim, já que tive aquela trabalheira toda, ao menos vou saboreá-los): as fatias douradas, os sonhos, o bolo de chocolate e côco com cobertura, o leite creme, a saladinha de frutas, ...

3. o bacalhau e as couves, que a tradição ainda é o que era!

4. expulsar toda a gente da MINHA cozinha, quando começam a descambar.

5. ouvir os elogios da famelga pelos cozinhados (afinal, o cheirinho a fritos no cabelo e as unhas completamente estragadas valeram para alguma coisa)!

6. a mami sair mais cedinho do trabalho, para se vir juntar ao seio familiar.

7. olhar para a árvore de Natal e ver tantas prendinhas...e pensar que uma ou outra cairá no meu sapatinho.

8. desejar um Feliz Natal a todas as pessoas de quem gosto e receber sorrisos e palavras amigas na volta.

9. receber uma mensagem inesperada, tão simples, mas tão querida, que me deixa com a lagrimita no canto do olho. obrigada! :)

10. pensar que sou uma privilegiada, por estar quentinha em casa, com as pessoas de quem mais gosto; ter uma ceia para dividir, muitos docinhos, prendinhas e muito carinho!

Coisas que me irritam na véspera de Natal, mas às quais não posso escapar! (by Roseta Maria)

1. os 1001 telefonemas infindáveis às tias, aos tios, aos primos, às primas, aos amigos, às amigas...e ainda: ao padeiro, à cabeleireira, ao homem do talho, à esteticista, ao médico de família, ao dentista, ao cão do vizinho do 1º andar...
(eu sei que não parece nada, mas detesto falar ao telefone!)

2. o insuportável cheiro a fritos, que se entranha no nariz (e na roupa e no cabelo e nas chanatas) e até que saia é o cabo dos trabalhos.

3. passar 5 horas na cozinha a preparar doces e docinhos, bacalhau com couves e afins.
(atenção que eu adoro cozinhar, mas 5 horas sozinha, no meio de panelas e loiça para sujar e outra tanta para lavar...arrasa as mãos de qualquer um!)

4. receber ordens na MINHA cozinha, o território sagrado de uma mulher (ou, no caso, uma moçoila), quando está a cozinhar.

5. ouvir o meu papi (que raramente cozinha) explicar qual a melhor forma de descascar um alho! haja paciência!!

6. não ter a mami presente na ceia de Natal, porque está a trabalhar.

7. levar com todos aqueles programas míticos da nossa televisão de qualidade: os filmes repetidos 25478953 vezes (ex: Flubber), o Natal dos hospitais, o Natal das prisões, o Natal das escolas, o Natal do raio-que-os-parta!

8. desligarem-me o telefone na cara, quando estou a desejar Feliz Natal!

9. por fim, descobrir só agora que o vizinho do 2º andar (aquele apetitoso monte de músculos) é...GIGOLO!! e pensar no tempo perdido...!

quarta-feira, dezembro 24, 2003

Um FELIZ NATAL a todos, com muita magia, prendinhas, docinhos...e muitas felicidades :) e que o novo ano de 2004 seja uma caixinha brilhante de boas surpresas para todos!
BOAS FESTAS :)

segunda-feira, dezembro 22, 2003

Toda a gente sabe que a melhor altura para se fazer compras de Natal é um sábado à tarde, a 5 dias da data, num centro comercial perto de si. Roseta sabia-o bem e assim fez. Entretanto, lá achou que a ideia só poderia ter partido de alguém com muita falta de juízo.
E toda a gente sabe, igualmente, que nestes locais que se transformam em autênticos aglomerados de gente, se vê de tudo...inclusivé um saloio com o belo do fato de treino e da soquete, a dar um valente arroto, que (desconfio) ecoou por toda a cidade de Lisboa. Viva a porcaria!

Depois, claro, falam da falta de cultura do povo português: porque é que as cerca de 634.926 pessoas que circulavam na grande superfície comercial (vulgo Colombo) não foram passear a Sintra, Cascais, Óbidos, visitar uma exposição ou um museu, ver uma peça de teatro? Ah, pois...porque, tal como eu, andavam a fazer as compritas de Natal...pois, têm razão! Desculpem lá.

Se há coisa ainda mais irritante que ir a uma loja e querer ser atendido rapidamente, quando se tem 8 ou 9 pessoas à nossa frente, é chegar à pessoa imediatamente anterior e ela manipular por completo a atenção da empregada.

Muito em voga este ano, a dita cliente queria roupa interior para oferecer... (mas porque é que ainda há quem ache que a roupa interior é a oferta mais desejada?)
"Ai, esta camisola interior é um bocadinho apertada, sabe que a pessoa é assim forte...Bem, esta também me parece um pouco grande, ele não é assim tão gordo...Olhe, por acaso só tem destas com pêlo? E não haverá mais cores? Ah, não se importava de me mostrar as outras? E de senhora, tem alguma coisa? Gosto muito destas, mas não terá de manga curta? E cuequinhas da Sloggi, tem? Eu vi umas, sim, são 100% algodão...ah, pois, isso é que eu não sei se é de cinta subida, mas acho que não. Queria aquelas com uns elásticos mais grossos, mas sem reforço na frente. Pois, não é nada disto que me trouxe...Não terá por acaso (desculpe, que eu não sei qual é o modelo) aquelas mais cavadas? Importa-se de ver no armazém? Ah, estas são óptimas, mas...tão baratas? Não podem ser bom material! Ai, estas também são muito caras! Estas sim, são ideais, traga todas as que tiver, vou levar. Olhe, só mais uma coisinha...ainda sobre as camisolas interiores, é tudo o que tem? É que a senhora é assim cheia, gordinha, percebe? Vou levar estas duas, mas não sei, ainda estou indecisa..."

Assim se perdem 30 minutos na vida de uma pessoa. E para quê? Toda a gente sabe que a roupa interior acaba por sair...

quinta-feira, dezembro 18, 2003

Esta história de acordar com dores de cabeça não lembra ao Diabo. Bem, talvez só a ele, que ninguém me convence que esta enxaqueca (dor de cabeça das tias de Cascais, sei lá) não é obra do dito.

Ontem apanhei cinco malucos no metro. Digo malucos de forma carinhosa, claro. A verdade é que a algazarra era tal, que nem o agente Coito dava conta deles. E, como diz o povinho e nunca se engana, se não os podes vencer, junta-te a eles! Nem mais: nosso Jacinto, sempre em favor das minorias, juntou-se à cambada e pôs todo o metro a rir. Pronto, todo todo não terá sido... Só umas 3 ou 4 pessoas. As que estavam junto ao vidro em que se lembrou de bater insistentemente. O suficiente para pôr em causa a sua reputação e imparcialidade face aos males da sociedade.

E porque um passeio no Chiado revitaliza qualquer alminha (umas comprinhas também, embora a conta bancária não partilhe da mesma opinião), eis que Roseta e sua extremosa mãe decidiram passar por aqui algum tempo de qualidade. Significando tempo de qualidade aqueles momentos entre mãe e filha de pura e total demência. E umas boas gargalhadas!

Bem, íamos nós nesta agradável caminhada, quando entre uma montra e outra, a mami vê o Ramos. Ora, em quem pensariam de imediato? Cláudio Ramos! Pois, foi exactamente o meu primeiro pensamento. Ansiava já vê-lo de braço dado com sua esposa, que ao que parece traz um Claudinho na barriga (e se um Cláudio Ramos incomoda muita gente, que diremos de DOIS?). Triste sina a minha, era o Pedro Miguel Ramos, aquele do Big Brother, que, dizem as más línguas, anda por aí a desfilar com Miss Serrano. A filha do padeiro, que é casado com a prima do irmão do serralheiro, amantizado com a avó do sobrinho da leiteira, é que me contou. A mim parece-me que tudo não passa de boatos. Que com esta gente, nunca se sabe...!

Dando também um ar de sua graça, andavam as beldades das Manobras de Diversão, Carla Salgueiro e Sofia Grilo. Um ar de sua graça, e também ar de pedantes, exibindo as suas dezenas de cartões de crédito e o narizinho empinado. Roseta, como vem sendo habitual (ou não fosse a distração uma característica muito sua), lá deu a barraquita da praxe, dizendo mal de uma mesmo em frente à outra. Ainda estou para perceber porque é a Grilinha, essa grande querida, me deitou aquele olhar fulminante e me deu um encontrão mesmo à saída da lojeca...

Na loja de lingerie, encontrei uma outra actriz (desculpem, mas não recordo agora o nome), que me fez esperar séculos para alcançar um soutien. Isto, porque sua excelência queria uma peça assim, com decote assado, arame frito, alças grelhado... Diz quem viu, que madame se passeou pela loja, despidinha, apenas com o sobretudo a tapar a Lucrécia e a Pancrácia (vulgo mamocas), ainda à procura de um tal modelo especial que eu já levei daqui, não me diga que não têm mais?! Que sacrilégio!

Ao fim do dia, sentadinha no café a ler uma revista cheia de fofocas cor-de-rosa, descubro, meu Deus (que nem costumo invocá-Lo, mas o caso não é para menos), que Marta Cruz (filha do sr. Carlos, aquele ali do Serviço Prisional de Lisboa) namora com Roger, jogador do Benfica! Ora uma adepta incondicional (do SLB, não de Marta nem de seu progenitor) como eu, não pode deixar de estar escandalizada.

Reflictamos:
1. Será que Carlos Cruz tem conhecimento desta relação? Se não, será que a filha tenciona contar-lhe? Já pensaram vocês, caros amigos, se ele vem a saber pela dita revista que eu própria li, levada pela sua esposa, na visitinha semanal?
2. Estará Roger ciente do perigo que isso representa para a família? Como pai dedicado de um ou dois piquenos (que agora não tenho bem presente...o número, não os putos), como serão os serões em família ou a ceia de Natal? Anda ao avô anda, pequerrucho... (depois segue-se a representação de um spot publicitário muito em voga nas teias pedófilas que termina com um sonoro vou-te comeeeeer!).

Uma questão que me agasta o espírito desde ontem...não vá ser essa a causa de dor de cabeça tão insuportável!

sábado, dezembro 13, 2003

Um dia em cheio!

bem, não sei qual a ideia que têm dos homens das mudanças. a minha era, até ontem, a imagem de uns gorilas, altos, cheios de músculos e que, entre si (uns 2 ou 3) acartavam móveis como eu pego numa pena.
pois bem, tirem daí o sentido! a minha humilde casita anda de pernas para o ar com tantas mudanças: é o móvel que entra, a cama que sai, a secretária que muda de sítio...a bagunça! ora surge à minha porta um desses homens, que tão erradamente idealizei. o rapaz, que não devia ter mais de 23 ou 24 singelos anitos, não ultrapassava também a marca dos 150 cm (um metro e meio, se preferirem). e vinha (surpresa!) sozinho!
ora toda a gente sabe que para carregar móveis de um sétimo andar para a rua são necessárias, no mínimo, 2 pessoas. acertaram! euzinha, moi-même, me, myself and I...(com a prima, não lhe tiremos o mérito) a ajudar o miúdo! resultado: "estou que nem posso"!

a situação já de si era engraçada (para quem via, não para mim, como calculam), quando piorou. sim, porque há dias em que TUDO pode acontecer...e acontece mesmo!

ido o camião com o pequerrucho lá dentro, escondido atrás de um volante maior que ele, fica a também dolorosa tarefa de arrumar o possível. armários para um lado, pilhas de livros para o outro, mais uma dúzia de caixotes no quartinho que parece o armazém, e...triiiiiiiim! tocam à campaínha.

era a vizinha (pobre mulher, diz-se por aí que o marido lhe põe a mão, tem um filho delinquente que, sempre que pode, não se inibe de lhe passar a patinha pelo pêlo...): "o xenhor não xe importa de ver a minha fechadura? é que o meu menino deixou a chave lá encravada". o meu menino!
uma vez que não foi possível resolver a situação, vá de telefonar aos bombeiros, que cobram a módica quantia de €90 para deixá-la entrar em sua casa ("se fosse sócia, SÓ pagaria €30")!

pergunta: sócia dos bombeiros? bem, faziam um descontão e tanto! já valia a pena!! 18 contos para entrar em minha casa? o que é isto?

1h30 depois, a pobre mulher (que, depois de ter sido atropelada e ter estado de cama com 40 e muitos de febre - que, nestas alturas, as pessoas abrem-se mais, a solidariedade tem destas coisas - regressa a casa e toca-lhe esta sorte) bate de novo à porta, para ligar novamente: os bombeiros, ainda por dar sinal de vida (melhor dizendo, sem se ouvir a sua buzina nem ver a sua mangueira ou a escada), informa-a alguém do outro lado, não podem vir, porque a rua é muito estreita para o carro passar.

pergunta: e SE estivesse uma criança pequena ou mesmo um bebé dentro de casa, o que fariam? (este país é uma anedota, quem não sabia?)

a polícia manda-a ligar para uma casa de chaves. ao fim de 6 ou 7 tentativas ("a sra. tem que ligar para aqui", "agora ligue para ali"), lá demos com uma casa de chaves, que, segundo a lista telefónica, estava "disponível para emergências 24 horas por dia". ora, a pessoa que atendeu prontificou-se a vir abrir a portinha à vizinha, mas o pagamento, já se sabe, €65! porém, "a sra. vai ter que aguardar umas 2 horas, porque não temos ninguém para ir aí agora"...

pergunta: ora é impressão minha ou o serviço 24 horas funciona a QUALQUER hora do dia?

ainda juntamos as notinhas, que a mulher, coitada, não estava prevenida para este precalço (devemos ter sempre umas notitas a mais na carteira, não se vá dar o caso de não podermos entrar em casa, chaves encravadas é o que mais há para aí). às 21 horas (reparem que tudo isto teve início por volta das 17h30) o homem das chaves chegou, arrancou-lhe a fechadura (à porta, que já não tinha solução, não à mulher!) e toca a pagar mais uns €uritos, que a vida não custa a ganhar...

se o meu dia tivesse 25, 30, 40 horas, acreditem...muito mais havia de acontecer!

pergunta: mas a casa das chaves, "emergência 24 horas", funcionaria depois disso?
assim vai o meu país...

segunda-feira, dezembro 08, 2003

Finding Nemo é um filme sobre peixes. Para crianças e para adultos. Comove. Desperta sorrisos. Acorda emoções. Diverte. Educa. Ensina sem moralizar. É uma doçura. O filme de Natal que ninguém deveria perder!

sábado, dezembro 06, 2003

O espanhol do café em frente à ESAP, que adivinha logo que sou de Lisboa, porque lhe peço um garoto em vez de um pingo. O encontro no café com o pessoal...e quase nos expulsam à hora de fechar. A conversinha à chuva. A d. Graça e os seus "naprões" ("oh menina, sabe onde estão guardados?"). O aumento de 35% do pão (um abuso, a vida está cada vez mais cara). As 2 refeições seguidas de peixe (com o aumento do pão temos que economizar, a carne sempre é mais barata). A ida ao cinema. O balde de pipocas. O crepe de amoras e framboesas. O roubo do chupa-chupa na Póvoa (e soube tão bem). O bolo de chocolate e côco. O almoço no MacDonald's (só espero ansiosamente pelo próximo...). Um gelado enorme num dia frio e chuvoso. Um homem que satisfaz as suas necessidades básicas em cima dos pinheiros de Natal. A cadela maluca (ou esquizofrénica?) que parece dizer-nos bom dia ao passarmos.

"Oh rua do Capelãaaaaao...Juncada de...Juncada de quê mãezinha? Mãezinha, quero m'jaaar!"

Miúdos, sois GRANDES! A propósito, a ida ao Banco Alimentar não se concretizou. O que me dá mais um pretexto para ter de voltar brevemente ao Porto! Pensavam que se livravam de mim assim tão facilmente? ;) Trouxe a cidade na memória...e a vós, trago-vos no coração, sempre! :)

quarta-feira, dezembro 03, 2003

Num dia lindo como o de hoje, em que a chuva brilha lá fora, as nuvens cobrem o céu azul e a temperatura está um mimo, só mesmo uma molhita para refrescar as ideias. Bem, a molha ainda se suporta, a falta do guarda-chuva também. Ao virar a esquina, a caminho da faculdade, surge-me um velhinho simpático pela frente, escorrego e...ah, pensavam que tinha caído! Nada disso, só magoei o joelho, porque o sexagenário era forte e segurou-me o bracinho antes do aparatoso trambolhão. Uma cena digna de se ver (eu que o diga, que dei uma sonora gargalhada)!
Por falar em faculdade, não sei bem onde andam empregues os aumentos das propinas. Talvez o nosso não tenha sido suficiente para consertar os buraquitos que por lá se fazem sentir. Um dia mais "regadito" (que o nosso S. Pedro não perdoa) e até o esgoto rebenta lá pelas catacumbas! Ora o cheirinho era insuportável...as condições (ou falta delas) também!